segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cores: Por que não usa-las?

Na relação das cores com os carros, gosto de pensar nos dois lados envolvidos: a montadora e você. As estratégias de cores usadas nos comerciais estão cada vez mais "clássicas", as opções disponíveis não são as melhores, não são as mais baratas e não são as que você quer. Então o que raios está acontecendo?

Se a montadora lança um carro, seja novo modelo ou nova linha, a cor que aparece na televisão é aquela que você vai ver na rua, e é aquela que você vai buscar na concessionária. Quer exemplos? Fiat Stillo. Lembra da cor do comercial? Claro, você comprou vermelho também! Ah mas era o "vermelho ferrari". Ah tá, beleza. Outro: Ford Fusion. O cara se dá mau na propaganda e o consumidor também. Quantas cores além de preto você vê por aí? Preste bem atenção e vai até achar que é outro carro quando se deparar com um Fusion verde lion ou vermelho ibiza. Sim, essas cores existem! Vectra GTX Next. Aposto que a cor que veio na sua cabeça foi aquele azul muito legal, né! O problema é que todo mundo comprou o mesmo azul!

Sem muitas opções de cores, as montadoras tem aparentemente tentado padronizar o consumo através dos comerciais. Pelo lado da montadora, entendo perfeitamente que é impossível manter um estoque de carros com cores que atingem toda a gama do espectro visível de cores. Por outro lado, veja que temos um volume enorme de carros brancos, pretos e pratas. Isso acontece porque são as cores que todo mundo "gosta", o problema do preto é porque risca, do branco porque suja e o prata, porque é muito comum. Então, se você quiser um roxo, tem? Verde limão? Pink, bege, cor de burro quando foge, ... qualquer que seja a cor, eles simplismente não tem.

O processo de produção das montadoras atinge padrões de qualidade e rastreabilidade que permitem flexibilidade, e os pigmentos de tinta também existem. Então qual a dificuldade de introduzir uma real "customização"? Por que o cliente não pode escolher a cor que realmente quer? A montadora tem que tirar as várias cores básicas com nomes toscos como: verde pigmeu do norte, azul nebulosa explosiva, vermelho acordeon endiabrado, preto ninja (só não vem a shouriken!), bege champagne frisante, etc; e colocar a coisa pra funcionar direito. Se o problema com cor é em relação à estoque, restrinjam seu portifolio para 3 ou 4 e deixe o consumidor se virar no universo mágico das mais de 65 mil cores que a tela de seu computador consegue mostrar.

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